Durante a gestação e o período de amamentação, é fundamental adotar uma postura cautelosa em relação a procedimentos estéticos, inclusive o clareamento dental. Ainda que não existam evidências diretas de que os agentes clareadores causem danos à mãe ou ao bebê, também não há estudos conclusivos que comprovem sua segurança nesses períodos. Por esse motivo, a recomendação clínica mais comum é adiar o clareamento até que a gestação e a fase de amamentação estejam concluídas.
A seguir, você confere os principais motivos para essa orientação e quais alternativas são seguras para manter os dentes saudáveis enquanto o clareamento é postergado.
Até o momento, não há estudos clínicos amplos e éticos que testem o clareamento dental em gestantes. Por precaução, a maioria dos dentistas evita esse tipo de procedimento durante a gravidez.
Clareadores à base de peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio atuam por meio da liberação de oxigênio ativo. Embora a absorção dessas substâncias pela mucosa bucal seja mínima, não há garantias de que sejam totalmente seguras para o feto.
As alterações hormonais durante a gestação favorecem o aparecimento de gengivite e sangramentos, aumentando o risco de desconforto ou irritação durante o uso de clareadores.
Para lactantes, o clareamento dental é geralmente considerado de baixo risco, desde que realizado com a orientação de um profissional. As substâncias utilizadas apresentam baixa absorção sistêmica, e não há evidências de que passem para o leite materno em quantidades significativas.
Mesmo assim, é indispensável:
Consultar um dentista antes de iniciar o tratamento;
Usar produtos devidamente regulamentados (com registro na ANVISA);
Informar o pediatra do bebê sobre a decisão, para acompanhamento clínico adequado.
O dentista indicará a concentração mais segura, o tempo ideal de uso da moldeira e o tipo de clareador mais apropriado, como o peróxido de carbamida 10% ou 16%, de liberação lenta.
Peróxido de carbamida 10% ou 16%: Uso caseiro com moldeira individual, indicado para clareamento gradual e seguro.
Produtos aprovados por órgãos reguladores, como a linha Whiteness Perfect ou White Care 15% da FGM.
Evite o uso de clareadores genéricos, importados sem controle sanitário, ou qualquer produto sem recomendação odontológica.
Se o clareamento dental for adiado, existem cuidados simples que ajudam a manter os dentes com aparência limpa e saudável:
Profilaxia profissional (limpeza no consultório): Remove manchas extrínsecas e controla o acúmulo de placa.
Uso de cremes dentais clareadores: Apenas sob recomendação do dentista.
Higiene bucal adequada: Escovação frequente, uso de fio dental e bochechos antissépticos.
Redução do consumo de alimentos pigmentados, como café, vinho tinto, chá preto e molhos escuros.
O melhor momento para iniciar o clareamento é após o término da gestação e da fase de amamentação. Nessa fase, é possível aplicar o tratamento com total segurança, maior liberdade na escolha de concentrações e com menor risco de reações adversas.
O clareamento dental deve ser adiado durante a gravidez como medida preventiva, devido à ausência de estudos conclusivos e à maior sensibilidade bucal típica da gestação. No período da amamentação, o procedimento pode ser realizado com supervisão odontológica e sob orientação do pediatra, priorizando clareadores de qualidade e protocolos seguros.
A decisão final deve sempre passar pela avaliação de um dentista. Somente o profissional poderá indicar a melhor abordagem para manter a saúde bucal e alcançar resultados estéticos com total segurança.