Iniciar um clareamento dental e não ver o resultado desejado pode gerar frustração. Porém, é importante compreender que o clareamento não é um processo automático nem igual para todos. A eficácia do tratamento depende de diversos fatores, incluindo características individuais dos dentes, tipo de mancha, concentração do gel, técnica de aplicação e até mesmo hábitos diários.
Este conteúdo foi preparado para esclarecer as principais razões pelas quais o clareamento pode não estar funcionando como o esperado — e, mais importante ainda, como reverter esse cenário com segurança.
Nem todas as manchas são iguais. As manchas extrínsecas (na superfície do esmalte) respondem bem ao clareamento. Já as manchas intrínsecas, localizadas dentro da estrutura dentária, são mais resistentes. Elas podem ser causadas por:
Uso de antibióticos, como tetraciclina, durante a formação dos dentes;
Excesso de flúor (fluorose dentária);
Traumas dentários antigos;
Alterações genéticas no desenvolvimento do esmalte ou dentina.
Esses casos exigem clareamento prolongado, sessões em consultório ou até mesmo tratamentos restauradores, como facetas.
Durante o clareamento, o esmalte dentário se torna temporariamente mais poroso, o que favorece a absorção de pigmentos. Café, chá preto, vinho tinto, refrigerantes escuros, ketchup, molho shoyu e alimentos com corantes podem neutralizar o efeito clareador ou até escurecer os dentes em tratamento.
Esse erro é comum e pode comprometer toda a evolução do clareamento, exigindo sessões adicionais.
A presença de placa bacteriana e tártaro cria uma barreira que impede a penetração do gel clareador. Sem acesso à superfície dentária limpa, o peróxido não age de forma eficaz. Por isso, é altamente recomendável realizar uma profilaxia profissional (limpeza) antes de iniciar o clareamento.
Além disso, o uso de escovas gastas, ausência de fio dental e acúmulo de biofilme contribuem para um sorriso opaco mesmo após o tratamento.
O tipo e a concentração do agente clareador influenciam diretamente nos resultados. Clareadores à base de peróxido de carbamida 10% ou 16% possuem uma ação mais lenta e gradual, sendo ideais para quem busca conforto e controle de sensibilidade.
Já os clareadores com peróxido de carbamida 22% ou à base de peróxido de hidrogênio 7,5% e 10% apresentam ação mais rápida e intensa, promovendo resultados mais visíveis em menos tempo, mas também com maior potencial de causar sensibilidade, especialmente em pacientes suscetíveis.
Além disso, o uso sem orientação odontológica, aplicação em excesso ou tempo de uso incorreto comprometem o efeito. Produtos de procedência duvidosa ou fora da validade também impactam negativamente.
A avaliação profissional é o primeiro passo para entender o que está impedindo o clareamento. O dentista pode:
Verificar a presença de restaurações, infiltrações ou cáries;
Avaliar se as manchas são intrínsecas ou extrínsecas;
Ajustar a concentração do gel ou propor sessões em consultório;
Prescrever produtos dessensibilizantes em casos de desconforto.
Um plano personalizado é sempre mais eficiente do que insistir no tratamento sem análise clínica.
Embora o clareamento seja eficaz, o contato frequente com bebidas e alimentos altamente pigmentados pode reduzir a estabilidade dos resultados em formação. Durante o processo, evite exposição intensa a corantes artificiais ou naturais de forte pigmentação, especialmente logo após o uso do gel clareador.
Sempre siga as recomendações do dentista sobre o que evitar ou como proteger os dentes durante o clareamento.
Uma simples profilaxia com ultrassom e jato de bicarbonato pode remover biofilme, manchas extrínsecas e tártaro. Isso facilita a ação do gel clareador diretamente sobre o esmalte.
Essa etapa é fundamental em qualquer protocolo de clareamento supervisionado e deve ser realizada antes do início do tratamento.
A eficácia do clareamento também depende da regularidade. Interrupções frequentes, uso fora dos horários ou quantidades excessivas de gel reduzem o efeito do tratamento e podem causar sensibilidade.
Siga as instruções do seu dentista quanto ao tempo ideal de uso da moldeira, conforme a concentração:
Whiteness Perfect 10% e 16%: uso noturno ou 3 a 4 horas diárias;
Whiteness Perfect 22%: 1 hora por dia;
White Class 7,5% e 10%: 30 minutos a 1 hora por dia.
Se mesmo com ajustes o clareamento não apresentar os resultados esperados, existem alternativas estéticas eficazes:
Indicadas para manchas resistentes, como as causadas por tetraciclina;
Permitem modificar forma, cor e tamanho dos dentes;
Solução definitiva com resultados imediatos.
Uso de peróxido de hidrogênio com concentração de até 35%;
Aplicado sob proteção da gengiva e com controle do tempo;
Resultados mais rápidos em casos que exigem resposta imediata.
Integra sessões no consultório com uso em casa;
Permite acelerar resultados e manter o clareamento por mais tempo.
Quando os dentes não respondem ao clareamento como o esperado, é sinal de que algo precisa ser ajustado. Cada sorriso é único, e os resultados variam de acordo com características individuais, tipo de mancha, concentração do produto e disciplina do paciente.
Antes de abandonar o tratamento ou trocar de produto, consulte um dentista. Com os ajustes certos, é possível recuperar o progresso e conquistar o sorriso claro e saudável que você deseja.
Evite improvisos e automedicação. Clareamento seguro é clareamento supervisionado.